terça-feira, 27 de julho de 2010


Consigo comparar perfeitamente a minha vida com um livro. E logo percebo que as duas coisas possuem semelhanças monstruosas e por muitas vezes assustadoras.
Levo cada dia em que eu acordo, como se fosse uma página em branco. Tento pôr ali, as melhores coisas, mesmo que às vezes isso seja impossível. Essas páginas em branco, são tão surpresas pra mim, que tenho de escrevê-las, quanto pra você, que lê.
Coisas acontecem, e eu não consigo apagar. Está tudo gravado ali, no livro da minha vida.
Viro páginas como dias que se vão. Queria arrancar algumas, pra não ter que guardar na memória, dias ruins, mas eu não posso fazer isso, porque eu só posso escrever.
Mas confesso que algumas páginas de mim já foram arrancadas com muita violência por pessoas que fizeram parte delas. E isso doeu, mas a dor não foi mais intensa que a minha esperança.
E a razão da minha esperança-que-nao-morre é o fato de que amanhã terá outra página em branco pra eu preencher da melhor forma que eu puder. E fazer com que a página de amanhã, seja melhor que a página de ontem. E pra que o final seja tão mais feliz que o começo em branco.

4 comentários:

Candy Hayworth disse...

Procurei Marlboro no google, acabei achando um blog interessante e ainda mais de alguém que mora na mesma cidade que eu, aliás, acho que já te vi, no Terceito talvez. Beijo linda!

Felipe disse...

Bom texto, moça.

Voltarei mais vezes para ler outros.

Parabéns.

Priscilla Carriel disse...

@Candy Hayworth

Obrigada. ;)
Ah, sim, certeza que era eu.

Priscilla Carriel disse...

@Felipe

Obrigada. ;)