quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um milhão de seres. Um milhão de seres sozinhos.
Seres vivendo numa busca constante de algo que talvez já esteja extinto.
Um milhão de seres que ajoelham e pedem milagres em vez de pedir perdão. Um milhão de seres alienados vivendo em função
de uma ansiedade insana. Um milhão de seres que desejam ter o coração arrancado. Seres cheios e ao mesmo tempo vazios.
Seres que choram sem motivos, e ainda sim, sorriem da falta de motivos. Seres que viraram robôs diante de tantas situações
inusitadas. Procuram respostas sem antes fazerem as perguntas. Gelados, feitos flocos de neve. Seres que pulsam e respiram
sem notar que outros seres também fazem as mesmas coisas. Tentam ser diferentes, quando na verdade não passam de cópias xerocadas.
Perderam a personalidade, tentando serem seres notáveis e agradáveis. Cumprem ordens, chegam tarde, pensam que possuem
regras, quando levam uma vida desregrada. Se escondem, mentem, são só seres sem consciência.
Seres buscando o amor e a perfeição. Acham que merecem, quando na verdade, ganham tudo por gratidão de outros seres.
Seres que erram, não aprendem e cometem os mesmos erros mais adiante. Seres que se acham melhores que outros seres. Seres racistas,
preconceituosos, fúteis, inúteis, hipócritas. Seres que se acham inteligentes e não aprendem que a nossa raça é a única que se
preocupa em criar guerras.  Não procuram evolução, aplaudem em pé, as obras de seres mais evoluídos.
Seres vivendo sem esperança, feito zumbis, seres escrotos que nasceram pra fingir, e assim, cumprem sua missão vazia.

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